quarta-feira, 12 de junho de 2024

Governo Biden envia ao Congresso dos EUA pacote de US$ 1 bilhão em armas a Israel

Medida do Departamento de Estado Americano ocorre menos de uma semana após Biden dizer que poderia suspender totalmente de armas ao aliado, que está em guerra contra o grupo terrorista Hamas


Antônio Salgado, 
João André e 
Lucas de Oliveira.
Fonte: g1.globo.com
Em 15/05/24.


O governo dos Estados Unidos enviou ao Congresso um pacote de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,1 bi) em armas para Israel nesta terça-feira (14). A medida ocorre menos de uma semana após o presidente Joe Biden dizer que poderia suspender armas suficientes ao aliado.

A informação foi confirmada por uma autoridade dos EUA ouvida pela agência de notícias Reuters. O pacote de armamentos foi feito pelo Departamento de Estado Americano e inclui projetos de tanques, morteiros e veículos táticos blindados, disse um oficial à Reuters.

Os presidentes e membros mais elevados dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e dos Assuntos Exteriores da Câmara revisam os principais acordos estrangeiros de armamentos.

A discussão em torno de uma possível interrupção do fornecimento de armas dos EUA a Israel surgiu no contexto da operação israelense em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza que abrigava mais de 1 milhão de palestinos refugiados da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.


Biden discursando sobre suprimentos de armas
(Foto: UOL.com.br)

Biden fez a declaração durante uma entrevista. Perguntaram a ele sobre por que um carregamento de bombas para Israel havia sido suspenso. "Morreram civis em Gaza por consequência dessas bombas. Não vamos oferecer as armas e projetos de artilharia que foram usados" na experiência de Israel contra o Hamas, afirmou Biden na entrevista.

“Se Israel entrar em Rafah, eu não vou fornecer as armas que serão usadas”, afirmou ele.

Biden afirmou que deixou claro a Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) e ao gabinete de guerra que os israelenses não deixariam o apoio dos americanos se, de fato, atacarem esses centros populacionais. “Não nos distanciamos da segurança de Israel. Nós nos distanciamos da capacidade de Israel para travar a guerra nessas áreas”, disse o presidente dos EUA.

A informação foi publicada inicialmente pela agência americana Associated Press e pela rede de TV dos EUA CNN.

Uma pessoa do governo afirmou à Associated Press que um envio de armas (1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 226 kg) chegou a ser interrompido, mas que ainda não houve uma "decisão definitiva" sobre como proceder com o envio.


Dia 10: EUA dizem que vão seguir armas adequadas

No dia 10, o Departamento de Estado dos EUA publicou um relatório no qual afirmou que o país reprova a forma como Israel usa armas americanas na Faixa de Gaza, mas não encontrou provas suficientes para interrupções ou interrupções.

Segundo o texto, “é razoável estimar” que Israel usou armas de forma incompatível com o direito humanitário internacional. Ele diz, no entanto, que os EUA não poderiam chegar "a conclusões definitivas".

O relatório foi elaborado a pedido do presidente americano, Joe Biden, com base em congressistas democratas que consideram que os EUA podem se tornar “cúmplices” do uso que faz das armas americanas. Em fevereiro, Biden solicitou ao Departamento de Estado que examinasse como os países que recebem ajuda militar dos EUA usam essas armas, para verificar se eles cumprem as leis americanas.




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